quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Habilidades incomuns

Foto: Rogério Albuquerque
Fernanda Sazuki

Fernanda: paixão por desenhos e aviões, mas ainda enfrenta preconceito na hora de arranjar um emprego fixo. “Adoraria trabalhar com desenho animado”, sonha. Além disso, exibe outra capacidade peculiar. Apaixonada por aviões, é capaz de reconhecer o modelo da aeronave apenas pela luz emitida no céu ou pelo barulho da turbina. Sabe de cor todas as rotas internacionais de voos que passam pelo Brasil. “Costumo ir até Guarulhos nos fins de semana para fotografar os jatos”, diz.
Por: Alessandra Freitas (Revista VejaSP)

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Festival Assim Vivemos 2015 - Debate Autismos (São Paulo)


FernandaSazuki rfn

Nesta sétima edição do Festival Assim Vivemos, o grande tema deste ano, que norteia a maior parte dos filmes, é a autonomia, a possibilidade de uma vida com independência. 
Filmes:
Alcançando as nuvens 66'
Complexo de Canguru 58'

Assista aqui ao primeiro debate do Festival Assim Vivemos 2015 em São Paulo, com o tema Autismos.
Debatedoras: Fernanda Sazuki / Paula Cardoso Mourão
Mediação: Lara Pozzobon





sexta-feira, 25 de setembro de 2015

terça-feira, 1 de setembro de 2015

O Autismo e a construção de novos caminhos



O Autismo e a construção de novos caminhos. 


Fernanda começou a desenhar aos 3 anos, "me interessei pelos desenhos e seriados de TV, eles me ajudaram a entender o mundo dos personagens"
“Eles me ajudam a entender o mundo dos personagens”, Fernanda sobre os desenhos e seriados de TV
Existem cerca de 70 milhões de pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) no mundo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).  No Brasil, são estimados mais de dois milhões de casos e, desde 2012, os direitos desse grupo social são legalmente reconhecidos pela Lei Federal n°12.764, também conhecida como Lei Berenice Piana. 
Na opinião da pedagoga Priscila Amaral, “a sociedade está caminhando para uma melhor compreensão do que é o TEA e já é possível identificar mais interesse nas pessoas”. Em seu livro Autismo em tempo de delicadeza, Priscila descreve sua experiência de 13 anos em sala de aula, traz testemunhos de mães, compartilha sugestões de trabalho com educadores e encoraja famílias a buscarem auxílio médico especializado. 
Entenda o autismo
Fernanda começou a desenhar aos 3 anos, "me interessei pelos desenhos e seriados de TV, eles me ajudaram a entender o mundo dos personagens"
Para Fernanda, arte é liberdade
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) afeta o desenvolvimento da comunicação, socialização e do comportamento humanos. Seu diagnóstico é 100% clínico e realizado por neurologistas e psiquiatras. Os pacientes podem ser submetidos à análise médica a partir dos três anos, embora “algumas características possam ser observadas com menos idade”, explica Priscila. Além de estudar o comportamento da criança, os especialistas conversam com os pais sobre o período da gestação, o histórico de doenças familiares, as impressões e dificuldades no dia a dia para entender melhor o caso e evitar erros de diagnóstico. 
Na fase de  tratamento, o uso de medicamentos é feito sob prescrição e acompanhamento médicos com a função de amenizar as comorbidades – associações de dois ou mais sintomas – como, por exemplo, o comportamento agressivo. 
Entre os principais indicadores comportamentais associados a esse transtorno estão a falta de contato visual, indiferença com cheiro e barulho, ausência de interação e comunicação verbal, comportamentos repetidos, dificuldades para realizar ações simples, interesse específico por determinados objetos ou brinquedos, desobediência acentuada e agressividade. Priscila esclarece que esses aspectos se manifestam de forma diferenciada em cada paciente e que a medicina reconhece os graus leve, moderado e severo do transtorno.  
“Desde bebê, minha filha apresentava dificuldades de interação e, durante muitos anos, os médicos falaram em deficiência intelectual. Aos 11 anos, veio o diagnóstico de Síndrome de Asperger (atual TEA) e com o tempo ela  passou a se comunicar e relacionar melhor”, conta Regiane Nascimento. A assistente social e pesquisadora da USP é mãe de Fernanda Sazuki, 22, e realiza estudos sobre educação e políticas públicas na área da saúde mental. Baseada em sua experiência profissional e pessoal, ela compartilha da opinião da pedagoga Priscila Amaral de que existem lacunas na formação dos profissionais e que o problema compromete o tratamento dos pacientes e a orientação de seus familiares. 
Na escola, os educadores recebem orientação de como estimular o aprendizado e desenvolvimento do autista, sempre reconhecendo e valorizando suas habilidades. A organização da sala de aula auxilia no conforto e rendimento do aluno, que apresenta elevada sensibilidade e pode ficar agitado com barulho e muita informação visual. 
A pedagoga lembra que os autistas não lidam bem com a quebra da rotina e aconselha que os professores e a família façam um planejamento diário das atividades para evitar desconforto. “Nas férias escolares, é importante manter o contato da criança com jogos e objetos lúdicos que estimulem o aprendizado, a coordenação motora e mantenham o interesse pelo novo”, completou Priscila. 
Socialização
Fernanda passou por instituições públicas e privadas, concluiu o Ensino Fundamental e está se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Se atender as exigências de pontuação nas áreas do conhecimento avaliadas, ela receberá um certificado oficial do Ministério da Educação (MEC) e poderá “ingressar numa universidade, se profissionalizar e vivenciar experiências que favoreçam a sua autonomia”, declarou Regiane. 
Em 2014, ela fez a prova acompanhada de um leitor e transcritor oficial e os resultados foram animadores para a família. Sua mãe relata que as expectativas de todos são compartilhadas, mas que prevalece o tempo e o espaço da jovem. Fernanda pratica arteterapia e conta que desenhar ajuda na sua rotina de estudos, “as ideias surgem inspiradas nas músicas, filmes e documentários que assisto. Às vezes, eu me lembro das coisas que as pessoas me disseram, isso me ajuda a pensar e responder as questões do Enem”.  
No vídeo abaixo, a escritora e palestrante inglesa Faith Jegede fala sobre a rotina e as experiências dela com seus dois irmãos: 
“A nossa condição de familiar, nos permite a possibilidade de construir novos caminhos e compartilhar experiências transformadoras do nosso cotidiano. A nossa luta é para que eles sejam vistos e respeitados como sujeitos de direitos”, complementou Regiane. 
Em 2010, o Center of Diseases Control and Prevention (CDC), espécie de Ministério da Saúde nos Estados Unidos, contabilizou um caso de Autismo para cada 68 crianças de até oito anos. Os dados foram divulgados em março de 2014 e representou um aumento de quase 30% em comparação à pesquisa publicada em 2008 e 60% comparado com informações de 2006. 
Projeto Arte é Viver  
Fernanda expondo seus desenhos ao público
Fernanda expondo seus desenhos ao público
O projeto foi criado para expor desenhos, pinturas e ilustrações produzidos por jovens autistas. A ideia é divulgar o talento e a criatividade, além de fortalecer a autoestima, o protagonismo e a autonomia dessas pessoas. Em 2010, o hall de entrada do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas recebeu aExposição Arte é Viver – Por um olhar mais universalizado com obras de pacientes do Programa do Transtorno do Espectro do Autista – PROTEA.
Este ano, foi promovida a IV Exposição Arte Viver Diversidade com apoio da Secretaria de Inclusão da Pessoa com Deficiência e da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida – SMPED, da Prefeitura de São Paulo.  
Para Fernanda Sazuki, a arte significa a “liberdade de poder desenhar o que quiser”. Ela conta que o objetivo é inspirar outras pessoas “com o que pensam e sentem” e que seu maior sonho é ver seus desenhos animados na TV. A iniciativa é coordenada pela assistente social Regiane Nascimento. 
Fonte:
Observatório do Terceiro Setor 
http://observatorio3setor.com.br/noticias/o-autismo-e-a-construcao-de-novos-caminhos/

terça-feira, 2 de junho de 2015

Exposição Arte é Viver e apreciar as diferenças 2015


Exposição Arte é viver e apreciar as diferenças III Conferência Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência “Os desafios na implementação da política da pessoa com deficiência: a transversalidade como radicalidade dos direitos humanos”, em São Paulo, nos 30 e 31 de maio de 2015.













domingo, 5 de abril de 2015

Exposição Arte Viver Diversidade 2015


Expo Arte Viver e apreciar as diferenças (CMPcD 2015)

Diagnóstico precoce, acompanhamento e terapias adequadas permitem que pessoas com autismo desenvolvam trabalhos criativos e inovadores 


No Brasil ainda falta informação sobre o Desenvolvimento na vida adulta, envelhecimento no Transtorno do Espectro Autista (TEA) e as necessidades econômicas e sociais que o acompanham. 
Muitos adultos com TEA permanecem sem diagnóstico e deste modo, basicamente desconhecidos para serviços especializados. Isto implica no fato destes adultos receberem cuidados de serviços inapropriados e desconhecimento de seus membros da família e da sociedade. 

A ONG Autismo & Realidade, por meio de seus projetos e da informação, tem o objetivo de capacitar as famílias e profissionais para identificar e direcionar o Adulto com TEA, favorecendo o desenvolvimento pessoal e de suas famílias.

A capacidade dos autistas de serem independentes está ligada a habilidades de inteligência, funcionalidade e comunicação. "É importante conhecermos os recursos cognitivos e nível de funcionalidade da pessoa com TEA, para adequarmos a demanda da sociedade", comenta Joana Portolese, coordenadora geral da ONG Autismo & Realidade 
É o caso da jovem Fernanda Raquel Nascimento, 22 anos. A terapia ajudou a jovem a vencer os obstáculos que encontrava para interagir. Também progressivamente ela transformou em profissão o que era uma de suas formas de comunicação, o desenho. “Meu maior sonho é ver meus desenhos animados na TV”, diz a própria artista. “Para Fernanda, a arte significa a “liberdade de poder desenhar o que quiser”, pois a “arte é liberdade”. Ela espera que sua arte possa inspirar mais pessoas “sem o medo de desenhar o que pensam e sentem”, conta Regiane Nascimento, mãe de Fernanda. 


Dragão Balinês

Devido ao sucesso de seus desenhos, Fernanda se juntou a um grupo de autistas artistas, que além de desenhos, criam esculturas, pinturas, obras literárias, tiram fotos, etc. Além de Fernanda, fazem parte do “grupo” Allan Coelho, 19 anos. Eduardo Ho, 23 anos, Marcela Silva, 09 anos e Leonardo Gimenes, 15 anos. Foi criada então a Exposição Arte é Viver, realizada em 2010 pela primeira vez com apoio da coordenação do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas – IPq/FMUSP. O projeto tem contexto social e educativo e expressa a habilidade artística de jovens autistas.

Hizuka Haromy e Neko Hyroshima
Em 2013 e 2014, as exposições foram realizadas no Centro Cultural Adamastor, Guarulhos - SP, em comemoração ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo. 

Em 2015 o Projeto Arte é Viver foi indicado para mostrar os trabalhos artísticos de crianças e jovens durante o mês de abril. A Secretaria de Inclusão da Pessoa com Deficiência do Sindicado dos Comerciários de São Paulo abriu o espaço apoiando a realização da IV Exposição Arte Viver Diversidade para mostrar desenhos, ilustrações e pintura feitos por artistas autodidatas.


Fernanda Sazuki 2015
Com o apoio da Prefeitura Municipal de São Paulo/Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida - SMPED e diversas instituições (A&R, AMA, ABADS e etc), profissionais e familiares envolvidos no movimento autismo, a IV Exposição Arte Viver Diversidade foi inaugurada no dia 02 de abril e permanecerá aberta para visitação até o dia 30 de abril de 2015. Sendo no dia 28 de abril, a realização da Exposição Arte Viver Diversidade com a mostra dos trabalhos criados pela artista Fernanda Raquel N. Santana no Seminário Emprego Apoiado: nova metodologia na contratação da pessoa com deficiência, evento organizado pela Secretaria de Inclusão da Pessoa com Deficiência/Sindicato dos Comerciários e Gerência Executiva do INSS. E no dia 30 de abril, no Auditório Prestes Maia da Câmara Municipal de São Paulo, durante a realização do II Fórum Municipal de Autismo - Territorialização e Intersetorialidade dos Serviços. A exposição acontece na Rua Formosa, 99, Anhangabaú, SP, das 8h às 17h. 
Exposição Arte Viver (CMSP, 2015)

sexta-feira, 3 de abril de 2015

IV Exposição Arte Viver Diversidade 2015

Com recursos próprios, o Projeto Arte é Viver promoveu a IV Exposição Arte é Viver Diversidade (2015). A exposição coletiva contou com a participação de jovens artistas autodidatas, cujos trabalhos expressam habilidade artística e muita criatividade para desenhar, ilustrar e pintar. Nos desenhos utilizam lápis ou caneta sobre papel, nas ilustrações utilizam recursos digitais e nas pinturas óleo e guache sobre tela.

Artistas: Allan Coelho, Dudi, Fernanda Sazuki, Leonardo Gimenes, Marcela Silva, Mayara Souza e Nicole Monize.

A IV Exposição Arte Viver Diversidade foi organizada com a proposta de conscientização e inclusão social de Pessoa com Deficiência e Pessoa com Espectro do Autismo. A exposição foi indicada para mostrar os trabalhos artísticos em diferentes espaços de discussão sobre inclusão social e políticas públicas para Pessoa com Deficiência e Pessoa com Espectro do Autismo:
- Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo (Secretaria de Inclusão da Pessoa com Deficiência do Sindicato dos Comerciários de São Paulo);
- Seminário Emprego Apoiado (Gerência Executiva do Ministério da Previdência Social);
- III Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo (Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência - CMPD); e 
- II Fórum Municipal de Autismo (Câmara Municipal de São Paulo - Gabinete Vereador Natalini).

Apoiadores institucionais: PMSP/Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida - SMPED, Sindicato dos Comerciários de São Paulo - Secretaria de Inclusão da Pessoa com Deficiência, Movimento Pró Autista e diversas instituições da sociedade civil.


http://www.comerciarios.org.br/index.php/post/6947-Sindicato-recebe-IV-Exposicao-Arte-Viver-Diversidade
http://autismoerealidade.org/eventos/iv-exposicao-arte-e-viver-diversidade-2015/
http://www.maxpressnet.com.br/Conteudo/1,750263,Com_apoio_da_Prefeitura_IV_Exposicao_Arte_Viver_Diversidade_vira_sucesso_com_artistas_autistas_,750263,7.htm  
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/pessoa_com_deficiencia/Relatorio-parte1.pdf


Secretaria de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Sindicato dos Comerciários de SP)





Seminário Emprego Apoiado - Gerência Executiva SP (Ministério Previdência Social)




II Fórum Municipal de Autismo (Câmara Municipal de São Paulo)



III Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo (CMPD)